Dê curso ao rio

Nossa Senhora se faz presente para atenuar a angústia de Raymundo com o desenrolar dos fatos envolvendo a Obra Missionária. “Conforme lhe prometi, cairão todas as máscaras da mistificação, uma por uma. Tenha confiança no amor de Deus, tenha confiança em Jesus, que o assiste na Obra Missionária”.

17 de outubro de 1996 

Na madrugada deste dia eu não consegui dormir. Tive notícia de mais um ataque à Medalha Missionária, e agora vindo de uma pessoa que se diz interlocutora de Jesus, proveniente da Austrália. Senti mais uma vez estar enfrentando o ataque direto do demônio, e as minhas forças parecem estar no fim.

Levantei-me e pedi a Nossa Senhora socorro. Fiquei rezando diante da sua imagem que tenho na sala. Por volta das 3:50 horas, o cômodo de repente ficou todo iluminado, e junto a essa intensa luz ouvi com nitidez a voz de Nossa Senhora:

– Meu filho, está mais uma vez na minha presença, porque sente o seu coração ferido por causa daquilo que o Céu lhe deu para defender na Terra. Já lhe dei subsídio bastante; não faça alarde por pouca coisa, porque dias piores virão. Conforme lhe prometi, cairão todas as máscaras da mistificação, uma por uma. Tenha confiança no amor de Deus, tenha confiança em Jesus, que o assiste na Obra Missionária. Tem com você a minha defesa.

– Qual, Senhora? Não estou entendendo.

– Tem consigo o testemunho de uma santa. Use-o agora como escudo contra aqueles que ainda não atingiram o grau de santidade de Margarida.

– A Senhora está falando de quê?…

– Da carta que Margarida providencialmente escreveu dando testemunho sobre a minha medalha, que está com você.

– A Senhora está falando da carta da irmãzinha contando sobre o ataque que ela mesma sofreu, vindo de um sacerdote que se dizia santo e lhe pedia que tirasse a medalha?

– Esta mesma. Use-a agora; é o momento exato.

– Farei isso, Senhora. Quanto à pessoa que confessou publicamente que mistificou sua presença, como devo agir?

– Reze por ela.

– Mas, Senhora, isso pode prejudicar a Obra Missionária, porque de certa forma, levado pela visão que tive da Senhora, eu acabei lhe dando crédito.

– Você me viu, e isto basta.

– Mas, Senhora, e o lenço que estava na sua mão?

– É o símbolo daqueles que confessarem esse pecado. Enxugarei com ele as suas lágrimas de arrependimento.

– Mas, Senhora, me esclareça, ela viu a Senhora naquele dia?

– Meu filho, tenha confiança em Deus e dê curso ao rio.

Dizendo isto, toda a luz que inundava a sala se extinguiu, e senti perfeitamente que Nossa Senhora tinha ido embora.

 

 

Referência: LOPES, R. Dê curso ao rio. In: LEMBI, Francisco (Org.). Diálogos com o infinito. Belo Horizonte: Magnificat, 2007. p. 93.

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