Um legado cooptado: o que está realmente por trás das mudanças no Instituto João Paulo II?

Catequese

Steve Skojec.

OnePeterFive, 19 de setembro de 2017.

[https://onepeterfive.com/a-legacy-co-opted-what-really-lies-behind-changes-to-john-paul-ii-institute/].

Tradução. Bruno Braga.

 

Hoje, em Roma, o Papa Francisco publicou o décimo sexto Motu Proprio do seu pontificado [1], Summa Familiae Cura [2]. A carta apostólica, datada para a promulgação hoje – exatamente um ano após os cinco dubia sobre a Amoris Laetitia serem apresentados ao Papa – estabelece um novo instituto educacional. Chamado “Pontifício Instituto Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimônio e da Família”, ele irá substituir o original (e nomeado de forma semelhante) Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e a Família. Este foi fundado pelo falecido Cardeal Caffarra a pedido do Papa João Paulo II após a conclusão do Sínodo sobre a Família de 1980, Sínodo que também deu origem à Exortação Apostólica Familiaris Consortio.

Foi na ocasião daquela fundação que a Irmã Lúcia de Fátima respondeu uma carta do Cardeal Caffarra que pede orações para a nova iniciativa, dizendo a ele que “a batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre o matrimônio e a família” [3].

“Não tenha medo”, ela continuou, “pois qualquer um que age pela santificação do matrimônio e da família será sempre desafiado e hostilizado de todas as formas, porque esta é a questão decisiva… No entanto, Nossa Senhora já esmagou a sua cabeça”.

O Papa Francisco assinou a carta apostólica de hoje refazendo o Instituto durante sua visita apostólica à Colômbia, no dia 08 de setembro, apenas dois dias após o Cardeal – que foi recentemente descrito pelo vaticanista Sandro Magister como a “figura de direção” por trás dos dubia ter falecido de forma inesperada aos 79 anos, em Bolonha.

As preocupações de Caffarra apresentadas nos dubia foram compartilhadas não apenas pelos Cardeais Raymond Burke, Walter Brandmüller e pelo falecido Joachim Meisner – os outros três “Cardeais dos dubia” – mas por muitos fiéis pelo mundo. Mesmo assim, Francisco escreve na Summa Familiae Cura que os Sínodos de 2014 e 2015, que culminaram na redação da Amoris Laetitia, “deram à Igreja uma renovada consciência do evangelho da família e dos novos desafios pastorais aos quais a comunidade cristã está chamada a responder”. Francisco continua a citar sua própria Exortação: “o bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja”.

Citando o parágrafo 32 da Amoris Laetitia, o novo Motu Proprio continua:

“A mudança antropológico-cultural, que hoje influencia todos os aspetos da vida e exige uma abordagem analítica e diversificada, não permite que nos limitemos a práticas da pastoral e da missão que refletem formas e modelos do passado. Devemos ser intérpretes conscientes e apaixonados da sabedoria da fé num contexto em que os indivíduos são menos apoiados do que no passado pelas estruturas sociais, na sua vida afetiva e familiar. No límpido propósito de permanecer fiéis ao ensinamento de Cristo, devemos portanto olhar, com o intelecto de amor e com realismo sábio, para a realidade da família, hoje, em toda a sua complexidade, nas suas luzes e sombras”.

Cooptando o ensinamento católico sobre o matrimônio e a família.

A manutenção do nome do Papa João Paulo II no reconfigurado instituto já levantou suspeitas de que a sua reputação sobre questões de família e vida será utilizada para encobrir uma agenda heterodoxa. Preocupação que tem fundamento. No ano passado, testemunhamos certos prelados – aqueles que estão ativamente promovendo a mais radical reinterpretação do ensinamento da Igreja sobre a família – cooptando abertamente para esse fim a obra dos Papas Paulo VI e João Paulo II.

Em agosto de 2016, o Arcebispo Vincenzo Paglia – um defensor da Comunhão para os “recasados” e responsável por convidar casais de homossexuais para o Encontro Mundial de Famílias de 2015 [4] – foi escolhido [5] pelo Papa Francisco para comandar a Pontifícia Academia para a Vida e o Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e a Família. Paglia – que mais tarde foi descoberto (sem nenhuma consequência) ser o responsável por autorizar na sua Catedral, em Terni-Narni-Amelia, um mural homoerótico que exibe sua imagem [6] – disse à Rádio Vaticano sobre as notícias de sua nomeação que ele acreditava que o Papa o queria para continuar o “novo curso” vindo dos Sínodos e da Amoris Laetitia [7]. Tendo assumido o instituto fundado pelo Papa João Paulo II e pelo Cardeal Caffarra, Paglia disse: “Eu entendo o desejo particular do Papa Francisco por um tipo de aceleração da proximidade da Igreja e da ruptura das fronteiras – com reflexão, coragem e criatividade”.

Em outubro de 2016, o Cardeal Walter Kasper – uma das forças motrizes por trás dos recentes Sínodos sobre a família e da Exortação que se seguiu – chamou a atenção [8]para a Familiaris Consortio, 84, para justificar as controversas concessões na Amoris Laetitia que permitiriam aos que vivendo em pecado grave real uma chance de receber os Sacramentos sem uma mudança de vida. Kasper argumentou que, quando João Paulo II decidiu permitir aos católicos “recasados” receberem os Sacramentos, caso vivessem como irmãos e irmãs, isso também era “na verdade uma concessão”. O Papa Francisco, disse Kasper, simplesmente “deu um passo a mais, colocando o problema no processo de um abraço pastoral [abordagem] de integração gradual”.

No mesmo mês de outubro, fomos informados de que o Monsenhor Pierangelo Sequeri seria o novo presidente do Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e a Família. Sequeri atuou como consultor nos dois Sínodos e ajudou na elaboração da Amoris Laetitia [9]. Simultaneamente, surgiram notícias de que o Arcebispo Denis Hart, de Melbourne, Austrália, “chocou estudantes e funcionários” com o anúncio de que o campus Melbourne do Instituto João Paulo II seria fechado em 2018. Em uma declaração no site do Instituto [10], admitiu-se que não havia crise financeira e que as necessidades dos alunos estavam sendo atendidas.

Em novembro de 2016, todos os membros da Pontifícia Academia para a Vida (PAL) – outra criação do Papa João Paulo II e agora também comandada pelo Arcebispo Paglia – foram demitidos [11], incluindo membros como o professor Seifert, nomeados por suas posições em favor da vida. Ao mesmo tempo, os estatutos foram reescritos de tal forma que os membros não seriam mais obrigados a assinar uma declaração afirmando que manteriam os ensinamentos católicos sobre a vida. A exigência de que os membros sejam católicos também foi abandonada. Em junho de 2017, o Papa nomeou 45 novos membros ordinários do esvaziado PAL, alguns dos quais eram, por admissão do próprio Paglia, não-crentes e, pelo menos um, era um conhecido defensor do aborto até a 18ª semana de gestação [12].

Em maio de 2017, o jornalista italiano e vaticanista Marco Tosatti revelou que uma “comissão secreta” estava sendo formada para “examinar e potencialmente estudar mudanças na posição da Igreja sobre a questão da contracepção tal como foi exposta em 1968 por Paulo VI na Encíclica Humanae Vitae [13]. Em junho de 2017, o historiador e escritor italiano católico Roberto de Mattei comprovou a existência da comissão [14], revelando que uma pessoa envolvida com o Instituto João Paulo II – um professor do Instituto chamado Monsenhor Gilfredo Marengo – seria o responsável pelo trabalho. Marengo foi “nomeado pelo Papa Francisco”, de acordo com Mattei, “para ‘reinterpretar’ a Encíclica Humanae Vitae de Paulo VI à luz da Amoris Laetitia por ocasião do quinquagésimo aniversário da promulgação da primeira, no próximo ano”. De Mattei também revelou o envolvimento do Monsenhor Sequeri, o recém-nomeado presidente do Instituto João Paulo II.

De Mattei dá uma visão valiosa do pensamento do Monsenhor Marengo, que sugeriu no Vatican Insider, em setembro de 2015, que os católicos deveriam abandonar “uma concepção do patrimônio doutrinal da Igreja como um sistema fechado, impermeável a questões e provocações do aqui e agora, em que a comunidade cristã é chamada a justificar a sua fé através da sua proclamação e testemunho”. Em outro artigo, de Mattei revelou que Marengo perguntou se “o polêmico jogo pílula contraceptiva sim / pílula não, como o jogo de hoje – Comunhão para os divorciados sim / Comunhão para os divorciados não – é somente uma aparência de desconforto e tensão, o que é muito mais decisivo no tecido da vida eclesial”. Marengo, no artigo, diz que a forma como o ensinamento de Paulo VI na Humanae Vitae é defendido cria problemas para os católicos de hoje. Para ilustrar o seu ponto de vista, Marengo cita o Papa Francisco: “nós apresentamos um ideal teológico muito abstrato sobre o matrimônio, quase artificialmente construído, distante da situação concreta e das possibilidades das famílias tal como elas realmente são. Essa idealização excessiva, acima de tudo quando recuperamos a confiança na graça, não tornou o casamento mais atrativo e desejável, mas o contrário”.

Em julho de 2017, o Arcebispo Paglia negou sumariamente a existência da comissão sobre a Humanae Vitae [15]. Contudo, Monsenhor Marengo admitiu em uma entrevista para a Rádio Vaticano que existia um “grupo de pesquisa” olhando para a Humanae Vitae, embora insistisse que era “um trabalho de investigação histórico-crítica sem qualquer outro objetivo que não o de reconstruir tanto quanto possível todo o processo de composição da Encíclica”.

Mas, é como Edward Pentin do National Catholic Register perguntou no início do mês: “Por que todo o esforço de aprofundar e estudar algo que fundamentalmente não irá mudar?” [16] Pentin também notou o “nível de acesso sem precedentes” dado aos membros da comissão aos Arquivos Secretos do Vaticano. Esse tipo de acesso, diz Pentin, não foi dado sequer aos pesquisadores do pontificado do Venerável Papa Pio XII durante a Segunda Guerra Mundial, apesar de anos de pedidos feitos para esse fim. “Tudo isso”, escreve Pentin, “alimenta uma preocupação de que a comissão está sendo utilizada como um disfarce: olhar para o caráter científico e histórico do documento, mas com o objetivo final de presentear o Papa com informação suficiente para os dissidentes da Encíclica dizerem: ‘Os tempos mudaram – a Humanae Vitae precisa ser interpretada à luz da consciência, de acordo com a complexidade da vida das pessoas de hoje”.

Então, o que o próprio Papa pensa? Temos pelo menos duas pistas importantes.

Em uma entrevista de março de 2014 [17], foi pedido ao Papa Francisco que comentasse sobre a Humanae Vitae. Ele foi questionado especificamente sobre se a Igreja poderia “retomar o tema do controle de natalidade”.

“Tudo depende”, respondeu o Papa, “de como o texto da Humanae Vitae é interpretado. O próprio Paulo VI, no final, recomendou aos confessores muita misericórdia e atenção às situações concretas”. Francisco disse ainda, “é uma questão de ir ao fundo do problema e assegurar que o ministério pastoral leve em conta a situação de cada pessoa e o que essa pessoa pode fazer. Isso também será discutido no caminho para o Sínodo”.

Em 2016, ele disse, em resposta à questão sobre o uso de contraceptivo durante um surto do Zika vírus causador de microcefalia, que os casais em áreas afetadas poderiam licitamente “evitar a gravidez” recorrendo a um “mal menor” [18]. A título de exemplo, o Papa citou uma história apócrifa, alegando que o Papa Paulo VI permitiu que freiras na África utilizassem anticoncepcionais, no caso da probabilidade de serem estupradas. Mais tarde, o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, esclareceu que, na sua resposta, o Papa estava na verdade falando sobre o uso de “preservativos e anticoncepcionais” com o propósito de “evitar a gravidez”. “Os anticoncepcionais e preservativos”, disse o padre Federico Lombardi, “em casos particulares de emergência ou gravidade, poderiam ser objeto de discernimento em um caso sério de consciência. Foi o que o Papa disse”.

Summa Familiae Cura – Uma pista do passado?

Como vimos, no decorrer de um período muito curto de tempo, forças progressistas dentro da Igreja rapidamente se movimentaram para assumir instituições confiáveis ou se apropriar da reputação ou do trabalho dos que mantiveram a linha de ensinamento católico para promover a causa de minar este mesmo ensinamento sobre a sexualidade humana e o matrimônio.

A questão é: onde se encaixa o re-pensado Instituto João Paulo II? Como muitos, fiquei chocado com a súbita e inesperada natureza do Motu Proprio de hoje. A repentina mudança do nome, estrutura, do foco do Instituto, especialmente logo após a morte do seu presidente fundador, pareceu muito estranha.

Estranho também, pelos menos aos meus ouvidos, foi a redação do novo título: “Pontifício Instituto Teológico João Paulo II para as Ciências do Matrimônio e da Família“. Quais ciências? A questão da ciência, como da forma mais comum pela qual ela cruza com o ensino da Igreja no presente, relaciona-se com a percebida supremacia do empírico sobre o teológico, bem como a “evolução” da doutrina baseada em uma noção de que o homem moderno sabe muito mais que os que vieram antes dele, e que ele, o homem moderno, tem a sabedoria para mudar o que não pode ser mudado.

Mais ao ponto, isso me fez pensar na contracepção, cuja aceitação dentro dos círculos eclesiásticos segue exatamente essa linha de pensamento.

Quando me sentei para pesquisar para este artigo, segui o pressentimento. Consegui localizar uma cópia online do Esquema para um Documento sobre Paternidade Responsável [Schema for a Document on Responsible Parenthood] [19] – o chamado “relatório da maioria” [majority report] da Pontifícia Comissão sobre Controle de Natalidade, dado a Paulo VI em 1966. Foi o vazamento desse documento [20] que levou muitos a acreditarem que o Papa Paulo VI afirmaria que a contracepção e o ensinamento católico sobre o matrimônio e a fecundidade são compatíveis. Foi também a razão pela qual tantos ficaram chocados com o que a Humanae Vitae finalmente disse.

No documento que agora tem meio século de existência, há muita coisa relevante que repercute no momento presente. “Por causa da complexidade da vida moderna”, uma seção inicial diz, soando estranhamente familiar, “as normas morais concretas a serem seguidas não devem ser forçadas ao extremo”.

Mas foi quando cheguei à segunda parte do texto, sobre “Necessidades Pastorais”, que eu quase cai da cadeira. Sob o título “Capítulo II: Consideração adicional; Aplicação da doutrina do matrimônio a diferentes partes do mundo”, no primeiro parágrafo, lê-se:

Parece muito necessário estabelecer algum instituto ou secretaria pontifícia para estudar as ciências relacionadas à vida matrimonial. Nessa comissão, poderia existir uma contínua colaboração com diálogo aberto entre especialistas em diversas áreas. O objetivo do instituto (ou secretaria) seria, junto com outros deveres, continuar a pesquisa e a reflexão iniciadas pela comissão. Os vários estudos já realizados pela comissão poderiam se tornar públicos. Seria uma forma especial para o instituto estudar como a doutrina do matrimônio deveria ser aplicada em diferentes partes do mundo e contribuir com a formação de padres e casais casados dedicados ao apostolado da família, enviando um especialista até eles (cf. Constituição sobre a Igreja no mundo moderno, II, c. 1, p. 52) [ênfases adicionadas].

Lá estava.  Exatamente a mesma linguagem do novo título do Instituto João Paulo II que, primeiro, pareceu-me tão estranho – “Ciências do Matrimônio e da Família” – tomada diretamente do documento que buscou levar o Papa Paulo VI a abrir a porta para que os católicos utilizassem a contracepção.

Claro, isso é possível, mas achei muito difícil acreditar que os paralelos semânticos entre os dois documentos fossem uma simples coincidência. Tenho suspeitado há anos que os Sínodos foram uma tentativa de continuar o trabalho impedido pela Humanae Vitae.

O chamado “relatório da maioria” foi a cartilha. Supunha-se que ele fosse eliminar os obstáculos para uma nova era na Igreja, e abandonar aquelas “práticas pastorais e missionárias que refletem formas e modelos do passado” (como o Papa Francisco escreve na carta de hoje) à luz das “exigências da natureza humana” e do “progresso das ciências” (como entoa o documento anterior).

Mas o Papa Paulo VI se levantou na ocasião. Talvez tenha ouvido a voz, não apenas do “espírito” indeterminado sobre o qual muito ouvimos, mas do Espírito Santo, da própria Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele marcou uma linha na areia que nenhuma desobediência ou subterfúgio no mundo poderiam apagar. As pessoas poderiam fazer o que quisessem no quarto, e os padres e Bispos poderiam dispensá-las no confessionário com uma piscadela e um aceno com a cabeça, mas o ensinamento da Igreja sobre a contracepção efetivamente não mudou.

Então, acrescentando o insulto ao prejuízo da derrota, vieram trinta e cinco anos em um espaço de dois pontificados – os de João Paulo II e de Bento XVI – em que a linha foi mantida sobre o ensinamento fundamental da Igreja a respeito da contracepção. Eles tiveram que esperar trinta e cinco anos antes de ter outro tiro para terminar o trabalho. Muitos dos que conduziram a revolta nos anos 1960 não viveram para ver o dia. Outros, como sabemos, conspiraram [21].

E no final, parece que eles podem ter mais uma vez a sua chance.

A Amoris Laetitia procurou separar a culpabilidade pelo pecado grave dos atos sexuais extraconjugais de tal forma que abriu a porta não só para o sacrilégio mas para o desmoronamento de todo o edifício moral da Igreja [22]. A aceitação da contracepção, de sua própria natureza, seria ainda pior, embora isso sem dúvida seja uma consequência da mesma linha de pensamento. Divorcia a intimidade sexual da procriação. É a arma fundamental que destrói a própria proposta do matrimônio e desmantela a família, se é que não impede a família completamente. Já conduziu a uma pandemia de buscas egoístas, destrutivas e hedonistas. Provocou uma era de fornicação, adultério, pornografia, masturbação, sodomia e todo tipo de desvio. Se o ato conjugal pode se tornar estéril por capricho do casal, nenhum outro ato de prazer sexual, agora dissociado da abertura para a vida, pode ser logicamente proibido.

A contracepção derruba os próprios limites e barreiras que protegem o verdadeiro amor humano. Atinge o coração mesmo do que é para ser uma família, torna todo casamento que sucumbe a ela uma mentira. E assim como caminha a família, caminha a humanidade.

Se você pensa que não existe uma tentativa de revisar a grande derrota para inimigo que foi a Humanae Vitae, ouça novamente as palavras da Irmã Lúcia.

“A batalha final entre o Senhor e o reino de Satanás será sobre o matrimônio e a família”.

A Irmã Lúcia também nos disse para rezar pelo triunfo do Imaculado Coração. Devemos levá-la muito a sério. Pois, mesmo sabendo que o inimigo não vencerá no final, a devastação que estão promovendo está levando agora mesmo almas para o inferno. E não vão parar até que Ela os esmague.

NOTAS.

[1]. Cf. [https://w2.vatican.va/content/francesco/en/motu_proprio.index.html].

[2]. Cf. [http://press.vatican.va/content/salastampa/it/bollettino/pubblico/2017/09/19/0612/01336.html].

[3]. Cf. [https://onepeterfive.com/sister-lucia-final-confrontation-between-the-lord-and-satan-will-be-over-family-and-marriage/].

[4]. Cf. [https://onepeterfive.com/kasperite-bishop-appointed-head-pontifical-academy-life/].

[5]. Idem.

[6]. Cf. [https://onepeterfive.com/blasphemous-disgusting-demonic-archbishop-paglias-homoerotic-mural/].

[7]. Cf. [https://onepeterfive.com/archbishop-paglia-pope-wants-continue-work-amoris-laetitia/].

[8]. Cf. [https://onepeterfive.com/cardinal-kasper-reveals-hand/].

[9]. Cf. [https://onepeterfive.com/feeding-the-marriage-memory-hole-evidence-mounts/].

[10]. Cf. [http://www.jp2institute.org/index.php/item/103-future-of-the-john-paul-ii-institute-for-marriage-and-family-melbourne].

[11]. Cf. [https://onepeterfive.com/pope-francis-dismisses-entire-membership-of-pontifical-academy-for-life/].

[12]. Cf. [https://onepeterfive.com/papal-critics-missing-among-new-members-pontifical-academy-life/].

[13]. Cf. [https://onepeterfive.com/marco-tosatti-popes-secret-plans-potentially-modify-humanae-vitae/].

[14]. Cf. [https://onepeterfive.com/re-intepreting-humanae-vitae-amoris-laetitia-style/].

[15]. Cf. [https://onepeterfive.com/the-alleged-vatican-commission-on-humanae-vitae-nothing-to-see-here/].

[16]. Cf. [http://www.ncregister.com/daily-news/humanae-vitae-comes-under-fire].

[17]. Cf. [https://zenit.org/articles/english-translation-of-pope-francis-corriere-della-sera-interview/].

[18]. Cf. [https://onepeterfive.com/the-galatians-two-moment-is-now/].

[19]. Cf. [http://ldysinger.stjohnsem.edu/@magist/1963_paul6/068_hum_vitae/majority%20report.pdf].

[20]. Cf. [https://www.lifesitenews.com/news/newly-released-documents-disclose-the-real-story-behind-paul-vi-birth-contr].

[21]. Cf. [https://onepeterfive.com/vatican-conspiracy-against-pope-benedict-for-pope-francis/].

[22]. Cf. [https://onepeterfive.com/josef-seifert-pure-logic-threaten-destroy-entire-moral-doctrine-catholic-church/].

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