Primeira tentativa: dia de São Bartolomeu

Conforme o pedido de Nossa Senhora, o grupo missionário realiza um momento de adoração ao Santíssimo Sacramento na sede do SIM. Raymundo Lopes recebe uma visão em que o papa João Paulo II se recusa a assinar um documento que levaria à ruína toda a doutrina eucarística.

24 de agosto de 2000 

Atendendo o pedido de Nossa Senhora, marquei para o dia 24 de agosto uma hora de vigília no SIM1.

Cheguei de manhã, e preparamos um altar para expor o Santíssimo. Cinco minutos antes das 15 horas passei aos presentes as recomendações de Nossa Senhora: que evitassem pedir coisas, que estivessem interiorizados e procurassem tão-somente ajudar a Igreja. Em seguida me ajoelhei diante do Santíssimo e tentei colocar o meu espírito em Deus. Rezava baixinho, mas não conseguia me concentrar. Por incrível que pareça, comecei a perceber o pensamento das pessoas presentes. Quase todas pediam coisas, ajuda financeira, por doentes na família, ou se lamentavam. Escutei até o pedido de um automóvel. Era incrível, eu estava sendo dispersado por esses pensamentos. Nos primeiros vinte minutos não consegui me concentrar, quando então ouvi uma voz delicada e macia interrompendo toda aquela incômoda conversa:

– Raymundo, vamos conversar. Desejo ajudá-lo a colocar o seu espírito diante do Espírito de Deus. Veja o que pedem; coisas materiais, lamentos… Quase ninguém aqui está realmente com o profundo desejo de ajudar a Igreja e o Santo Padre. Esta foi a razão por que lhe pedi que estivesse com poucas pessoas ao seu lado. Pense em nossos encontros e se coloque diante de Deus com o espírito completamente absorto nas coisas do alto, e saia das coisas da Terra. Não permita que a dispersão das pessoas interfira no seu pensamento.

Comecei então a sentir uma paz profunda. Cessaram as vozes ao redor, e passei a ver no Santíssimo a presença quase física de Jesus. Era como se Ele estivesse me olhando e me dando força para poder me concentrar no pedido que Nossa Senhora me tinha feito. Jesus parecia sofrer, pregado numa cruz, pois se contorcia todo.

De repente, vi uma sala envolta em penumbra, e dentro dela um homem de batina branca, que não distingui quem era. Estava sentado e tinha na mão algumas folhas de papel. Olhava para elas, levantava e caminhava. Nisto entrou alguém na sala, e ele lhe entregou as folhas, dizendo claramente:

– Diga a eles que, da forma como está, não assino.

Naquele instante desapareceu a sala, e comecei a ver de novo a custódia do Santíssimo, que se encontrava diante de mim. E novamente ouvi Nossa Senhora falar:

– Viu o que Deus me permitiu mostrar-lhe? Apesar da fragilidade do coração de vocês, Sua Santidade, pela interferência divina, devido à sua disponibilidade em atender ao meu pedido, não assinou aquilo que levaria à ruína toda a doutrina eucarística. Dê graças ao santíssimo Nome de Jesus, que permitiu tudo isso.

Neste momento percebi que os presentes rezavam o Terço. Sentei-me por alguns instantes, para depois falar ao grupo.

 

1 Serviço de Informação Mariana, sede administrativa da Obra Missionária.

 

 

Referência: LOPES, R. Primeira Tentativa: Dia de São Bartolomeu. In: LEMBI, Francisco. O Terceiro Segredo: A Vinda de Jesus. Belo Horizonte: Magnificat, 2005. p. 104-107.