Confissão, comunhão, ministros da Eucaristia e aparições no Brasil
Após ditar a mensagem “Palavras de Esperança”, Nossa Senhora concede alguns esclarecimentos a Raymundo. Ela aborda alguns assuntos polêmicos como a confissão comunitária, a comunhão na mão, a atuação dos ministros da Eucaristia e a credibilidade de suas aparições no Brasil e no mundo.
23 de novembro de 1993
Por volta das duas horas da madrugada desta terça-feira, estando presente o Padre Rubem Schuch, eu aguardava a mensagem semanal intitulada Palavras de Esperança. Poucas horas antes, o Padre me tinha colocado uma série de dúvidas sobre aparições no Brasil e também a sua preocupação com as práticas da comunhão na mão e da absolvição comunitária. E me pedia que tentasse esclarecê-las com Nossa Senhora. Expliquei-lhe que isso não seria fácil, tanto mais que se tratava de assuntos delicados. Além disso, ao ditar a mensagem, apenas a Virgem fala, e eu só introduzo algum assunto com a sua permissão.
Terminada a mensagem, Ela disse:
– Meus filhos, por que me arguem sobre um assunto que cada um, por lógica e consciência, deve ter bem esclarecido no seu coração? Jesus os convida insistentemente a recebê-lo no sacramento da Eucaristia. Para corresponder a esse convite, devem estar preparados em estado de graça, pois se trata de um momento importante para o crescimento espiritual. A participação na Mesa Eucarística se realiza mais plenamente sob as duas espécies e aumenta a união de vocês com o meu divino Filho. Entretanto, aconselho que cada um examine a si mesmo antes dessa participação, pois quem bebe e come, sem um discernimento perfeito, o Corpo Sacrossanto de Jesus, está bebendo e comendo a própria condenação.
Referindo-se à confissão comunitária, Ela explicou:
– Quem estiver consciente de se encontrar em pecado grave perante o Senhor, antes de mais nada precisa confessar-se, porque a absolvição comunitária não a substitui de forma alguma e nem apaga a falta cometida desta forma. A comunhão coloca vocês longe do pecado. Mas quando se tornar necessário, por motivo grave e fora do ordinário, os ministros podem distribuir a Eucaristia. Quanto ao modo de recebê-la, deixem de lado a hipocrisia. Quantas bocas sujas e mãos limpas, quantas mãos sujas e bocas limpas. Amem-se. Não criem polêmicas desnecessárias. Estejam antes de tudo limpos de coração. Jesus quer ser respeitado no seu maior ato de amor. Agora, como Ele se coloca no interior de vocês, trata-se de regras, apenas de regras humanas, e vocês, despreparados, permitem que o Mal as use e os desvie do ponto principal, que é a conversão sincera, o amor e a caridade. Aos ministros Eu alerto. Ao distribuírem a comunhão, certifiquem-se se estão exercendo as suas funções corretamente, conforme a necessidade, e se as suas mãos estão isentas da impureza da corrupção e do pecado da soberba, e, antes de tudo, se são movidos pela caridade em servir a comunidade. E a vocês, filhos meus, Eu alerto. Ao estenderem a mão ou a boca a Jesus Eucarístico, certifiquem-se se estão isentos das sujeiras do pecado. Quanto às minhas aparições. A época atual, tão massificada e materializada, clama por milagres e sinais, num apelo desesperado para que o Céu não os abandone. Deus não os abandona, vocês é que se distanciam dele cada vez mais acreditando em toda sorte de situações pseudo-sobrenaturais, destinadas a confundi-los. Querem saber se estou presente nesses locais? Claro que sim, porque pela misericórdia de Deus estou presente onde invocam o meu nome. Quanto à situação criada para que esses locais sejam reconhecidos como locais da minha presença, através das pessoas que declaram isto a vocês, observem os meus sinais. Disse-lhes uma frase, e a repito: “Usem da inteligência”.
– Senhora, por favor, me esclareça melhor, porque da sua boca ouvi falar em Fátima, Lourdes e Medjugorje. E no Brasil, quantos realmente veem e falam com a Senhora?
– Confie em mim, Eu lhe dou o sinal da minha presença a todo momento. As árvores boas darão bons frutos; as ruins serão arrancadas e jogadas por terra, e isto basta.
Referência: LOPES, R. Confissão, Comunhão, Ministros da Eucaristia e Aparições no Brasil. In: LEMBI, Francisco (Org.), R. Diálogos com o infinito. Belo Horizonte: Sim, 2007. p. 48-49.