Durante as aparições de Fátima, em 1917, Nossa Senhora deu à humanidade o antídoto contra o veneno do comunismo ateu: o Santo Rosário. “Não há problema, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário”.
Germán Mazuelo-Leytón.
Trecho de artigo publicado no site Adelante la Fe, a 2 de outubro de 2018:
[https://adelantelafe.com/nuestra-senora-de-fatima-y-el-comunismo/].
Tradução. Bruno Braga.
-
O poder do Santo Rosário para as nações.
Os santos indicaram a oração do Rosário como um sinal de predestinação ao Céu, e os escritos dos santos não contém erros de doutrina.
Quando Nossa Senhora apareceu em Fátima, no fatídico ano de 1917, começando no mês mariano de maio e terminando no mês do Rosário, no dia 13 de cada mês, em cada uma das 6 aparições, a Mãe de Deus deu à humanidade o antídoto contra o veneno do Comunismo ateu no mundo: o Santo Rosário. De fato, na última aparição, em 13 de outubro, Nossa Senhora se apresentou como a Rainha do Santíssimo Rosário, segurando em uma das mãos o Rosário, na outra, o Escapulário do Carmo.
O pedido de Nossa Senhora foi para que se rezasse diariamente o Rosário, mas poucos atenderam o seu chamado, e já sabemos quais foram as consequências.
Disse a Irmã Lúcia: “Não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário“.
Áustria: Com o término da Segunda Guerra Mundial, os aliados fizeram algo espantoso: entregaram a Áustria católica aos soviéticos. Os austríacos resistiram três anos à dominação comunista. Mas já não aguentavam mais, queriam que os soviéticos deixassem o seu país. Porém, o que podia fazer a Áustria, com apenas sete milhões de habitantes, contra duzentos e vinte milhões?
Então, um sacerdote, Padre Petrus, recordando o milagre de Lepanto, devido ao poder do Rosário, pediu uma Cruzada do Rosário contra os soviéticos.
Em 1954, um dos governantes supremos da União Soviética declarou: “O que ocupamos, nunca abandonaremos”. Mas a Áustria foi libertada. Por quê? Como é que os russos a abandonaram sem guerra e sem o uso da força, embora fosse uma nação pequena e desarmada?
A resposta deve ser buscada no poder do Rosário. Um milhão de austríacos, com o Chanceler Figl à frente, prometeram rezar o Rosário todos os dias. No dia 13 de maio de 1955, aniversário da primeira aparição em Fátima, os russos decidiram sair da Áustria.
Em setembro de 1972, um Bispo austríaco, falando diante de todo o episcopado do país e de mais de 30.000 pessoas, por ocasião do 25º aniversário da Reparação do Rosário, declarou: “tal como a Áustria foi libertada do jugo comunista pela oração fervorosa do Rosário, será da mesma forma, pela arma do Rosário, que o mundo será libertado dos ataques do demônio e seus sequazes. Se rezarmos o Rosário, Nossa Senhora nos dará verdadeira liberdade e paz”.
Brasil: Em novembro de 1964, a edição do Readers’Digest publicou um artigo intitulado “O país que se salvou a si mesmo” – esse país foi o Brasil. Em 1961, o cenário havia sido montado para que o país fosse invadido, exatamente como aconteceu em Cuba. Mas, foram as mulheres do Brasil que, com os seus rosários, frustraram a invasão. Dona Amélia Bastos organizou a campanha, e as católicas do Brasil com os seus Terços nas mãos ou em volta do pescoço publicaram uma declaração de 1.300 palavras:
Esta nação que Deus nos deu, tão imensa e maravilhosa como é, se encontra em grave perigo. Permitimos que homens de ambição desmedida, sem fé cristã nem escrúpulos, trouxessem a miséria ao nosso povo, destruindo a economia, transgredindo nossa paz social, para criar ódio e desespero. Se infiltraram em nossa nação, em nosso governo, em nossas Forças Armadas e até nas nossas igrejas… Mãe de Deus, salva-nos do destino fatal e do sofrimento das mulheres martirizadas de Cuba, Polônia, Hungria e outras nações escravizadas!
As mulheres saíam às ruas rezando o Rosário em voz alta e cantando hinos. No dia 17 de março, foi organizada a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Todas as semanas, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro colocava os católicos em guarda, pedindo a eles oração e penitência de acordo com o espírito de Fátima, para obter a misericórdia de Deus pela intercessão de Nossa Senhora.
É certo que uma forma inexplicável, humanamente falando, fez colapsar como um castelo de cartas toda a organização militar que havia sido paciente e diabolicamente montada durante vários anos. No dia 31 de março de 1964, sem conflito armado e sem nenhum derramamento de sangue, soou a hora da paz e da liberdade. Um jornalista escreveu: “A submissão do Brasil ao Comunismo parecia iminente. Mas, não aconteceu, graças à força do Rosário” [9].
São Luis María Grignion de Montfort nos disse:
“Tenha o grande cuidado de evitar os erros cometidos por muita gente durante o Rosário… o perigo de não pedir nenhuma graça, de modo que, se alguma pessoa lhe perguntasse qual era a intenção do Rosário, não saberia responder. Tenha então sempre em vista uma graça a ser pedida, uma virtude a ser imitada ou um pecado a ser evitado” [10].
Devemos rezar. Em Fátima, Nossa Senhora insistiu no Rosário, pelo menos cinco dezenas por dia. Devemos rezar, porque é pela oração que salvaremos nossas almas. Quem reza será salvo. Quem não reza será condenado, disse Santo Afonso de Ligório. Isso é especialmente certo no nosso tempo, porque estamos vivendo em um tempo de apostasia, a Grande Apostasia, predita na Sagrada Escritura, quando até mesmo os eleitos seriam enganados, se isso fosse possível.
Nossa Senhora prometeu a São Domingos de Gusmão e ao Beato Alano que, se rezássemos o Rosário todos os dias, não cairíamos em heresia. E, se alguém já tivesse caído em heresia, isto é, houvesse sido enganado pelo diabo e seus seguidores a negar um artigo da Fé, e pudesse ser levado ao inferno por persistir nesse erro, Nossa Senhora prometeu que pela oração cotidiana do Rosário, não estaria em heresia por muito tempo. A oração, especialmente o Rosário, é hoje mais importante do que nunca para nós.
É verdade que alguns poucos, um resquício dos fiéis continuará até mesmo no tempo do flagelo da apostasia e da conquista mundial pelo Anticristo, enquanto o pedido de Nossa Senhora para consagrar a Rússia segue sem ser cumprido [11].
III. Oração a Nossa Senhora de Fátima (composta pelo Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, pedindo à Virgem Santíssima que nos livre do flagelo do Comunismo ateu).
Ó Rainha do Brasil, nesta hora de tantos perigos para a nossa Pátria e todas as nações da América Latina, afastai dela o flagelo do comunismo ateu.
Não permitais que consiga instaurar-se em tantos países nascidos e formados sob o influxo sagrado da civilização cristã o regime comunista, que nega todos os Mandamentos da Lei de Deus.
Para isso, ó Senhora, conservai viva, aumentai a rejeição que o comunismo encontrou em todas as camadas sociais da América Latina. Ajudai-nos a ter sempre presente que:
1) O Decálogo nos manda “amar a Deus sobre todas as coisas”, “não tomar seu santo Nome em vão” e “guardar os domingos e festas de preceito”. E o comunismo ateu tudo faz para extinguir a Fé, levar os homens à blasfêmia e criar obstáculos à normal e pacífica celebração do culto;
2) O Decálogo manda “honrar pai e mãe”, “não pecar contra a castidade” e “não desejar a mulher do próximo”. Ora, o comunismo deseja romper os vínculos entre pais e filhos, entregando a educação destes em mãos do Estado. O comunismo nega o valor da virgindade e ensina que o casamento pode ser dissolvido por qualquer motivo, pela mera vontade de um dos cônjuges;
3) O Decálogo manda “não furtar” e “não cobiçar as coisas alheias”. O comunismo nega a propriedade privada e sua tão importante função social;
4) O Decálogo manda “não matar”. O comunismo emprega a guerra de conquista como meio de expansão ideológica e promove revoluções e crimes em todo o mundo;
5) O Decálogo manda “não levantar falso testemunho”, e o comunismo usa sistematicamente a mentira como arma de propaganda.
Fazei que, tolhendo resolutamente os passos à infiltração comunista, os brasileiros de todas as classes sociais, nossa Pátria e todas as nações irmãs da América Latina possam contribuir para que se aproxime o dia da gloriosa vitória que predissestes em Fátima com estas palavras tão cheias de esperança e doçura:
“Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará”.
NOTAS.
[9] Cf. SHAMON, P. ALBERT JM “O poder do Rosário”.
[10]. MONTFORT, São Luis María de. “O segredo admirável do Santíssimo Rosário”, n. 126.
[11] GRUNER STL, STD (Cand), P. NICHOLAS. “Os fiéis abandonados”.