Jesus quer o homem vivo para a eternidade

Jesus quis dar ao mundo, no final de sua vida pública, uma demonstração do seu poder, tirando, do túmulo, Lázaro. Neste final de milênio, Ele deseja mais uma vez mostrar esse poder, ressuscitando pela força do amor todo o gênero humano, independente da cultura ou credo, para recebê-lo em sua glória. 

26 de março de 1996

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Filhos meus,

Observo no mundo inteiro uma humanidade morta no espírito. Numa angustiante espera, procura alguém que a ressuscite para algo novo, que nem sabe distinguir o que é. Corre em desespero de encontro a deuses criados pelo poder terreno que possam produzir esse milagre. Esquecem daquele que detém em suas mãos o poder dado pelo Pai sobre essa infame letargia espiritual. Esse é Jesus.

Jesus quis dar ao mundo, no final de sua vida pública, uma demonstração do seu poder, tirando, do túmulo, Lázaro. Neste final de milênio, Ele deseja mais uma vez mostrar esse poder, ressuscitando pela força do amor todo o gênero humano, independente da cultura ou credo, para recebê-lo em sua glória. Jesus quer o homem vivo para a eternidade.

Meus amados, nada sou diante do poder do Pai, senão aquela que afasta a pedra que os prende nos túmulos do desamor para vislumbrarem a luz amorosa de Cristo.

Obrigada por terem atendido ao meu chamado.

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Nesta madrugada aconteceu uma coisa que me pareceu estranha. Logo que ouvi os anjos cantando, sinal de que a Mãe de Deus chegava para a mensagem, sentei-me à mesa. Mas inicialmente escutei dela o seguinte:

– Raymundo, vá para fora.

– Para fora, Senhora?… Onde?…

– Na rua. Quero você lá embaixo.

– Como assim? Não estou entendendo nada. A Senhora deseja que eu receba a mensagem na rua?

– Sim.

– Mas lá não existe mesa…

– Você se preocupa com detalhes. Isso não preocupa o Céu. Vá para a rua, como lhe falei.

Eu então desci com a pasta na mão. A noite estava calma, mas não percebi nenhuma estrela no Céu. Ela então disse:

– Sente-se.

– Sentar-me?… Onde?…

– Em qualquer lugar; sente-se.

Eu, perplexo diante de tão inusitado pedido, procurei um local à beira da calçada. Ao sentar-me, Ela disse:

– Olhe para o alto; veja que belo é o Céu.

– Mas, Senhora, eu não estou vendo nada, somente o Céu escuro. Isso é belo?…

– Lá existem estrelas com dimensões incomensuráveis; e o cosmos é de uma grandeza tão infinita que é impossível ao ser humano avaliá-lo. Você não vê, mas toda a grandeza de Deus é refletida na criação, e ela se estende ao infinito.

– O que a Senhora quer me dizer com isso?

– Quero lhe mostrar que esse Deus, que criou tudo isso, permite esses encontros, e também veio à Terra movido pela força do amor criado por Ele. Entendeu o que estou falando?

– Mais ou menos, Senhora.

– Isso Eu sei, porque somente poderá entender o que é eternidade quando seu espírito fizer parte dela. Estou aos poucos me despedindo de você, e quero que neste tempo que resta você se sensibilize diante de tanta grandeza e possa fazer disso uma escada que o levará ao encontro de Deus. Eu não o farei santo com meus encontros e conselhos, pois a santidade deverá brotar do seu coração, numa vontade única de fazer o que agrada a Deus. Olhe para o Céu e reflita que lá, na grandeza do infinito, existe algo maior que o espera. Podemos agora escrever.

– Onde, Senhora?

– Coloque a pasta no joelho e escreva; o ar da noite lhe fará bem.

– Lá na sala não é melhor?…

– Você somente entenderá o que é melhor para si quando se abandonar à vontade do Pai que está no Céu. Escreva.

– Pois não, Senhora.

                                                                                                                                                                                                     Raymundo Lopes

Referência: LOPES, Raymundo. Jesus quer o homem vivo para a eternidade. In: LEMBI, Francisco (Org.). Uma voz que fala aos meus ouvidos. 3. ed. Belo Horizonte: Magnificat, 2015. p. 215.